GERENCIE SEU ORÇAMENTO COMO UM ADULTO
- Regina Feitoza
- 14 de fev. de 2019
- 4 min de leitura
Atualizado: 17 de set. de 2020

Quão confiante você se sente em relação ao seu futuro financeiro? Se você está inseguro ou talvez um pouco preocupado, você não está sozinho. Pesquisas sugerem que, grande parte da população no Brasil não tem dinheiro suficiente para durar até a aposentadoria e apenas uma pequena parcela da população, tem um orçamento detalhado. Quão confiante você se sente em relação ao seu futuro financeiro? Se você está inseguro ou talvez um pouco preocupado, você não está sozinho. Pesquisas sugerem que, grande parte da população no Brasil não tem dinheiro suficiente para durar até a aposentadoria e apenas uma pequena parcela da população, tem um orçamento detalhado.
Parece que estamos todos nervosos sobre o futuro, mas não estamos assumindo o controle de nossos hábitos de consumo.
Se isso soa familiar, é hora de assumir a realidade e colocar as cartas na mesa. Consultei alguns líderes especialistas em finanças para criar um guia com um passo a passo simples e livre de jargões.
PASSO 1 - CALCULE SUA RENDA MENSAL
O primeiro passo é simples: encontre seu último salário para calcular sua renda mensal depois que os descontos forem retirados. Este é o valor depositado em sua conta bancária a cada mês, após deduções, como as contribuições. Se você é autônomo ou pago em comissão, dê uma olhada nos últimos quatro a seis meses para criar uma estimativa mensal realista.
PASSO 2 - LISTE AS DESPESAS FIXAS
Em seguida, liste todas as despesas que não são negociáveis. As despesas fixas são aqueles custos recorrentes que você deve pagar todos os meses porque são vitais para o seu bem-estar ou são compromissos que já assumiu. Pense em aluguel, água, energia, telefone, internet. Além disso, certifique-se de incluir contribuições para um fundo de emergência e aposentadoria nesta seção - elas devem ser tratadas como um custo essencial.
Agora, não se esqueça das despesas que não são cobradas regularmente. Algumas despesas fixas que você não paga de fato em quantias iguais a cada mês, então calcule uma média mensal. Por exemplo, se você pagar o seguro apenas duas vezes por ano, calcule o valor anual que você paga e divida por 12. Ou se as contas de serviços variam muito, pesquise o total que você pagou por um período total de 12 meses e divida por 12.
PASSO 3 - FAÇA UMA ESTIMATIVA DAS DESPESAS VARIÁVEIS
Agora é hora de mapear suas despesas extras: pense em comprar roupas, ir à academia, salão de beleza ou gastar dinheiro com a uma baladinha. As despesas variáveis são aquelas que podem mudar a cada mês ou são discricionárias. Tente pensar em todas as maneiras como você gasta dinheiro. Ir ao cinema ou a um café, são buracos negros para o seu dinheiro.
A chave para prever com precisão as despesas variáveis é recorrer a registros de gastos anteriores. Se você não estiver acompanhando, baixe um aplicativo de orçamento. Depois que você vincular suas contas bancárias, o aplicativo categorizara automaticamente suas despesas anteriores para que você tenha meses de gastos com dados na ponta dos dedos.
Em seguida, analise seus hábitos e tente criar uma diretriz de gastos. Identifique as áreas que são o maior dreno financeiro e questione se você pode reduzir esses custos em seu orçamento.
PASSO 4 - AVALIE O QUE SOBROU
Quando você subtrai as despesas mensais fixas e variáveis da sua renda mensal após os impostos, o que sobra é o seu rendimento discricionário. Em termos leigos, renda discricionária = renda mensal - despesas (fixas e variáveis). É o seu dinheiro restante, que idealmente deve ser colocado em direção a metas de longo prazo, como economizar para uma propriedade ou para a aposentadoria.
O objetivo óbvio é aumentar sua renda discricionária e fazer da economia uma prioridade sobre os gastos. Decida quanto você gostaria de economizar a cada mês e depois decida onde cortar. Você tem muitas necessidades e desejos que estão todos competindo por seus recursos limitados. Você precisa decidir a melhor maneira de equilibrar suas despesas correntes e suas necessidades de poupança para nunca gastar mais do que ganha.
Há duas maneiras de fazer isso: ou você pode reduzir todas as despesas variáveis em uma quantidade gerenciável, como 15% - por exemplo - ou destacar algumas áreas-chave do orçamento que poderiam ser reduzidas drasticamente.
PASSO 5 - AVALIE SEU ORÇAMENTO
Este passo final é vital. Calcule que porcentagem de sua renda é colocada em cada área do orçamento. Em seguida, analise o orçamento e tenha discernimento sobre como você está alocando dinheiro. Há alguma maneira que você poderia gastar melhor seu salário? Você está feliz com o valor que está contribuindo para a poupança?
Uma maneira bem interessante de dividir seu orçamento é utilizar o método dos potes distribuindo sua renda em 55/10/10/10/10/5. Isso sugere que 55% de sua renda deve ir para custos essenciais (despesas fixas), 40% devem ser alocados entre entretenimento, poupança de longo prazo, educação, reservas particulares e 5% para caridade e presentes.
Pronto, está tudo organizado! Agora que você categorizou seus hábitos de consumo e atribuiu novas metas, você deve ter um orçamento sucinto para implementar. Não perca tempo, agora é a hora de testar seu orçamento e ver se você definiu limites realistas. Use aplicativos de orçamentos para acompanhar seus gastos e manter o controle de seus alvos - reuni alguns aplicativos aqui.
Dedique 30 minutos no final de cada mês para verificar seu orçamento e compará-lo com seus hábitos. O orçamento é um trabalho em andamento, por isso, ajuste as categorias e as metas até que você tenha um guia personalizado viável.
Agora, pergunte-se novamente: como você se sente confiante em relação ao seu futuro financeiro? Depois desses cinco passos, você pode achar que tem uma resposta muito diferente.
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